![Porto and the north, tavern _Peneda Ecofarm](https://penedaecofarm.com/wp-content/uploads/2020/12/Porto-and-the-north-Arcos-de-Valdevez-tavern_Peneda_ecofarm-2.jpg)
Portugal nasceu no norte. Foi no Porto e norte que aprendemos o valor da diferença mas também a complementaridade das culturas.
Talvez por isso, ninguém fique indiferente à hospitalidade portuguesa. Uma casa portuguesa é aquela que gosta genuinamente de receber bem, de partilhar a sua mesa e as suas tradições.
Das serras do interior até às praias do litoral este é um território de declives acentuados, coberto por vegetação frondosa, rios e parques naturais. Toda a região está ainda repleta de elementos de importância cultural e simbólica, do património edificado, à música, folclore e gastronomia.
Paisagem linda, gente incrível.
O norte, região de montanhas e parques naturais, é um mundo à parte em que a atividade humana se integra de forma harmoniosa na Natureza, preservando valores e tradições muito antigas. O Parque Nacional da Peneda-Gerês, no extremo noroeste de Portugal, entre o Alto Minho e Trás-os-Montes, é a única área protegida portuguesa classificada como Parque Nacional.
Nas Serras da Peneda, Soajo, Amarela e Gerês, que integram o Parque, correm rios e ribeiras que se precipitam em cascatas e espraiam depois em albufeiras. As paisagens são deslumbrantes.
Por vezes consegue avistar-se um corço (símbolo do Parque) ou o seu predador, o lobo ibérico. Mais comuns, são os garranos, pequenos cavalos selvagens que correm livremente pelos montes. Também podem encontrar-se bovinos de raça barrosã e os cães de Castro Laboreiro, de pelo escuro, guardando os rebanhos que ao ritmo das estações se deslocam entre as brandas e as inverneiras.
Trata-se de aldeias e zonas da serra relacionadas com a antiga transumância, para onde as populações hoje apenas deslocam o gado: vales e altitudes baixas no inverno, lugares mais altos no verão, de acordo com o pasto existente.
Num itinerário pelo Parque, o Soajo, com o seu antigo conjunto de espigueiros de pedra para guardar os cereais, pode ser o ponto de partida a oeste. Também podemos ver espigueiros no Lindoso, onde vale a pena subir ao castelo debruçado sobre o vale do Rio Lima. Um pouco mais a norte, podemos dar um pulo à aldeia de Castro Laboreiro, onde se criam os cães pastores da região.
A serra mais a sul é a do Gerês. Nesta serra ficam as albufeiras das Barragens da Caniçada e de Vilarinho das Furnas, tendo esta última submergido a povoação que lhe deu o nome, e cujo espólio está hoje em exposição no Museu Etnográfico de Terras de Bouro. Nas redondezas desta localidade, os Santuários de São Bento da Porta Aberta e da Senhora da Abadia são centros de grandes romarias e peregrinações.
A diversidade e abundância de flora e fauna locais proporcionam um contacto com a natureza único e, qualquer que seja a opção, é provável que castelos medievais, mosteiros e aldeias tradicionais façam parte da paisagem, sempre de uma beleza natural ímpar.
O património edificado espalha-se por castelos, santuários e igrejas que no verão são palco de romarias, bem como solares e casas senhoriais. Várias são as cidades que souberam preservar a escala humana, como Viana do Castelo, Braga, Lamego, Chaves ou Vila Real.
Portugal é um país rico em gastronomia. De Norte a Sul do país encontra vários tipos de pratos, doces ou salgados, feitos com a maior variedade de ingredientes e cada um com o seu toque especial. No entanto, uma das zonas mais ricas em gastronomia é o Norte de Portugal, que conta com uma grande variedade de pratos típicos, tão diferenciados que agradarão aos mais variados gostos de qualquer pessoa que se aventure nos sabores da região.
Dos doces aos salgados, do peixe à carne, do litoral ao interior: descubra os sabores mais típicos do Norte e prepare-se para ficar com água na boca!
A gastronomia regional lança mão dos seus recursos naturais, por isso o caldo verde, apreciado em todo o país, é uma sopa de couve que aqui teve raiz, graças aos férteis campos verdes da região. Na parte oeste, delimitada pelo mar, a frescura e qualidade do peixe tem lugar de destaque, como em toda a gastronomia portuguesa, que se orgulha de ter o melhor peixe do mundo, na opinião de conceituados chefs e gastrónomos internacionais. Mas no Porto e Norte, também nos rios, rápidos e abundantes, se pescam a truta, a lampreia e o sável que fazem as delícias dos apreciadores.
É uma região de boas pastagens pelo que aqui se criam bovinos cujas raças autóctones têm Denominação de Origem Protegida (DOP), como é o caso das raças Barrosã, Mirandesa, Maronesa e Arouquesa. Tal como o borrego Terrincho Transmontano ou os cabritos do Barroso. E também o porco marca presença com variedades regionais, não só nos enchidos de qualidade, como em pratos de rojões, sarrabulho ou nas tripas à moda do Porto, talvez o prato mais célebre da capital do norte.
O Caminho de Santiago foi e continua a ser, sem dúvida, a rota mais antiga, mais percorrida e mais celebrada do velho continente. Santiago também partilhou a atração dos caminhantes e andarilhos de todos os tempos mas, além disso, criou uma rota, fez um Caminho.
O Caminho Português da Costa, que liga o Porto a outros concelhos costeiros, com a alternativa de ligação à Galiza, ultrapassando o rio Minho em La Guardia (frente a Caminha), Goian (através de Vila Nova de Cerveira) ou mesmo Tui (por Valença do Minho) era, segundo alguns historiadores, um dos eixos mais importantes para alcançar a casa do apóstolo em Santiago de Compostela.
Este caminho da orla marítima, a partir do burgo portuense, passa por Matosinhos, Maia, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Esposende, Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira e Valença.
O Caminho Português Central corresponde ao traçado principal que ligava o Porto a Santiago de Compostela, passando no território português pelas atuais áreas urbanas de Barcelos, Ponte de Lima e Valença. Tem o mesmo ponto de origem do Caminho Português da Costa, a antiga porta do Olival (Porto), mas separa-se deste na área do Padrão da Légua (Matosinhos).
A Quinta Ecológica da Peneda dinamiza atividades de Ecoturismo de descoberta do património natural e cultural da região norte de Portugal e Galiza. Saiba mais aqui.